Pode-se dizer que os portugueses têm, em relação ao ambiente, um olhar distanciado à flor da pele. Porque ficam chocados com paisagens de rios poluídos mas é a poluição do ar e os maus cheiros que afectam mais o dia a dia da população.
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Segundo o inquérito, realizado pelo OBSERVA, «é em torno dos rios que surge a face mais visível do crime ambiental: os rios despontam sentimentos de brio nacional enquanto bens públicos comuns. Ao nível da integridade física, porém, as pessoas ressentem-se sobretudo do ar e do ruído», pode ler-se neste documento.
Com efeito, para 66 por cento dos portugueses um rio poluído com peixes mortos é a paisagem ambientalmente mais chocante. Para 55 por cento essa paisagem chocante é uma floresta a arder e para 46 por cento é uma maré negra (com aves mortas).
Já no que diz respeito aos elementos que mais afectam os indivíduos; eles enquadram-se na categoria de falta de qualidade de vida urbana. Para 29 por cento das pessoas o que mais as afecta é a poluição do ar e os maus cheiros; seguido da poluição sonora, para 17 por cento e os lixos, para 13 por cento.
São estas questões urbanas que levam, também a que Portugal seja um país pessimista na evolução dos problemas ambientais. Por exemplo, quando se questiona como vai ser o trânsito nos próximos anos, 79 por cento dos inquiridos diz que o trânsito vai piorar.