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Esta quarta-feira, Dia Mundial dos Direitos Humanos, assinalam-se os 55 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Um documento proclamado pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948, considera «que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no Mundo».
Pena de morte, execuções, extra judiciais, tortura e maus tratos são apenas algumas das violações praticadas por vários países, segundo o último relatório anual da Amnistia Internacional (AI), referente a 2002.
Neste documento, a AI considera que a guerra contra o terrorismo tornou o Mundo mais perigoso e alerta para os conflitos «menos mediáticos», como a «Costa do Marfim, a Colômbia, o Burundi, a Tchetchénia e o Nepal».
«Uma guerra foi feita no Iraque por causa da suspeita da existência de armas de destruição em massa no país. Mas nada foi feito para deter o bem documentado fluxo de armas que alimentam conflitos e causam abusos maciços dos Direitos Humanos em muitas partes do mundo», aponta a secretária-geral da AI, Irene Khan.
Segundo dados revelados entre 1997 e 2001, pelo menos um terço do total de armas comercializadas no mundo tinha origem em cinco membros do G8 (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha).
Portugal também não escapa às críticas. Maus tratos policiais, quer no momento das detenções, quer nas esquadras, más condições nas prisões e casos de racismo são as denúncias da AI.
Entre as alegadas vítimas estarão crianças, mulheres e pessoas de minorias étnicas.