A OPEP decidiu, esta quinta-feira, reduzir o excesso de produção ao mesmo tempo que vai aumentar as quotas oficiais. A medida destina-se a restaurar a confiança do mercado na organização.
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A OPEP decidiu esta quinta-feira, em Viena, reduzir o excesso de produção no seio do cartel promovendo um aumento das quotas oficiais para os 23 milhões de barris por dia.
Segundo os responsáveis da organização, a medida visa, por um lado, segurar o preço do petróleo, ao mesmo tempo que procura restaurar a confiança dos mercados na organização, depois de reconhecido o excesso de produção de crude.
«Acordámos aumentar as quotas oficias em 1,3 milhões de barris e o acordo geral é de reduzir a produção total para o nível das novas quotas e manter o preço do barril entre os 22 e os 28 dólares», avançou o ministro do Petróleo argelino.
De acordo com o cartel, este pacto significa, na verdade, que estão a promover uma redução de 1,7 milhões de barris por dia, ou sete por cento, na produção real, mesmo com o tecto formal da produção a subir para os 23 milhões de barris por dia.
Na prática, esta subida das quotas de produção significa que, até ao momento, a produção real da OPEP estava a ultrapassar, até três milhões de barris por dia, o limite até aqui estabelecido de 21,7 milhões de barris.
Com esta medida, a OPEP espera reduzir o diferencial entre a produção real do cartel e as quotas oficias, restaurando alguma credibilidade da organização junto dos mercados.
No entanto, analistas citados pelas agências noticiosas referem que a credibilidade do acordo vai depender da capacidade da própria OPEP manter a disciplina no seio da organização, ou seja, fazer com que os países exportadores de petróleo cumpram, de facto as quotas de produção.
Após a divulgação do acordo, o preço do barril de Brent subiu para o máximo das últimas sete semanas, ao atingir os 26,85 dólares. Nos EUA, o barril de crude subiu para os 28,10 dólares.