PS, Bloco de Esquerda e PCP são unânimes em condenar a decisão do Governo em prolongar a permanência da GNR no Iraque até Fevereiro.
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O PS defende que as forças militares da GNR deveriam regressar a Portugal, na próxima sexta-feira, data em que acabava o seu mandato
Em comunicado, o partido diz que a decisão de fazer permanecer a GNR no Iraque, por mais 90 dias, é «da sua exclusiva competência e responsabilidade».
Em declarações à TSF, Luís Amado, porta-voz do PS para as relações internacionais faz uma advertência ao Governo, afirmando que este, ao decidir prolongar a permanência das tropas portuguesas no Iraque terá certamente tido em contas a avaliação que faz das condições em que a GNR actua naquele país.
«A posição do PS é que, esgotado o compromisso que terminava no início de Novembro, não se justificava mais a presença da GNR no território iraquiano», disse.
O Bloco de Esquerda é mais expressivo nas críticas e condena em absoluto a decisão do Executivo e exige ao Governo a retirada da GNR, considerando que se trata de uma força ocupante do país.
Em declarações à TSF, Luís Fazenda classifica a decisão de «deplorável» e, ao contrário do que diz o Governo, as tropas portuguesas não vão permanecer no Iraque a pensar nas eleições.
O PCP também condena a decisão do Governo, em linha com a condenação inicial do partido ao envio da GNR para o Iraque.
«Está hoje à vista de todos que a invasão do Iraque assentou em rotundas mentiras, designadamente das armas de destruição maciça, quando o que é óbvio para todos é que se tratou de uma guerra ditada pelos objectivos dos EUA», avançou António Filipe.