Santana Lopes considerou que a aprovação do Orçamento de Estado é um «momento de viragem» e um «tempo novo». Para o primeiro-ministro, com este Orçamento os portugueses podem «encarar os próximos tempo com esperança».
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Santana Lopes considerou que o Orçamento de Estado para 2005, aprovado na generalidade, esta quinta-feira, no Parlamento é um «instrumento fundamental para a governação do país».
«É um momento importante para a vida dos portugueses. É um momento de viragem. Temos de prosseguir o nosso caminho com sustentação, prudência e solidez», afirmou o primeiro-ministro aos jornalistas.
Para o chefe do executivo, a aprovação deste Orçamento «marca um tempo novo para os portugueses, que não muda milagrosamente de um dia para o outro». «Marca a concretização de condições para os portugueses poderem encarar os próximos tempos com esperança».
Opinião contrária teve naturalmente toda a oposição, que votou contra o documento. Ainda durante o debate, o líder parlamentar do PCP caracterizava o OE «pela falta de transparência e falta de credibilidade».
«Os trabalhadores continuarão a ter salários de miséria, os reformados baixas pensões, o país baixo investimento. A riqueza continuará injustamente distribuída, os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos», acrescentou Bernardino Soares.
Já o bloquista Luís Fazenda considerou o OE como um «Orçamento de incertezas» e lembrou que a «maioria pode aprovar este Orçamento de Estado, mas o Bloco de Esquerda está junto da maioria social ao reprová-lo».
Perto do final do debate, o social-democrata Miguel Frasquilho afirmou que «o PS não percebeu ainda a dimensão do erro e os danos que causou ao país» durante os seis anos de Governo de António Guterres.
«Que estranho PS este que se diz solidário com os mais desfavorecidos! Que estranha forma de fazer justiça social», concluiu o ex-secretário de Estado do Orçamento, referindo-se aos socialistas, que se mostraram contra a baixa de impostos.
Álvaro Castello-Branco, vice-presidente do grupo parlamentar do PP, secundou as críticas de Miguel Frasquilho, defendendo ainda que o «Governo não toma medidas avulsas». «Tudo é feito ao serviço de um desígnio: cuidar de Portugal nas próxima gerações», sublinhou.