A Ordem dos Médicos recomenda o fecho de doze urgências de obstetrícia e ginecologia na região Norte devido á falta de condições mínimas. Trás-os-Montes é a região mais afectada.
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Há três dias o ministro da Saúde anunciou 26 vagas nos hospitais públicos para médicos obstetras e ginecologistas.
Mas hoje a secção regional da Ordem dos Médicos recomendou o fecho de uma dúzia de urgências de obstetrícia, considerando que não existem condições para atender as grávidas.
Bragança, Chaves, Mirandela, Vila-Real, Régua são quatro das doze urgências de obstetrícia na zona Norte que a Ordem dos Médicos entende que devem fechar por falta de condições mínimas.
O diagnóstico de Miguel Leal coloca Trás-os-Montes na lista das regiões não recomendáveis às grávidas.
«Não em termos individuais, mas em termos de diferenciação geográficos, a situação de Trás-os-Montes é claramente pior no seu conjunto», disse.
Os hospitais de Amarante, Barcelos, Matosinhos, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, de Santo Tirso, do Vale de Sousa, de Viana do Castelo e de Famalicão também devem encerrar, porque também não cumprem os critérios definidos pela Ordem dos Médicos.
A Ordem dos Médicos recomendo o fecho destas unidades, mas lembra que a decisão cabe ao Governo.
António Leão considera que os médicos devem ser responsáveis e referenciar estes serviços junto do Ministério da Saúde, caso contrário serão eles os responsáveis por qualquer problema.
«Se estes serviços se mantiverem abertos o que os médicos devem fazer é exigir que as equipas definidas pela Ordem sejam respeitadas porque em caso contrário estão a assumir actos que não são tecnicamente adequados», afirmou.
O Centro Regional Norte da Ordem dos Médicos adianta ainda que o alerta está lançado, porque mais vale prevenir do que remediar.
O Ministério da Saúde confrontado com esta exigência há pouco mais de um mês fez saber, segundo a Ordem dos Médicos, que não fecharia uma única urgência.