Os órgãos sociais do V. Setúbal deram um voto de confiança ao presidente Chumbita Nunes. Sobre o pré-aviso de greve dos jogadores do clube, o presidente da Assembleia-geral do clube Fernando Pedrosa mostrou-se convicto de que esta não se realizará.
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Os órgãos sociais do V. Setúbal deram na quinta-feira à noite um voto de confiança ao presidente Chumbita Nunes, sem revelar, no entanto, qualquer solução para os problemas financeiros do clube.
Após quatro horas de reunião, o presidente da Assembleia-geral do clube limitou-se a ler um comunicado em que o pré-aviso de greve dos jogadores relativamente à partida de quarta-feira com o Benfica foi ignorado.
«Reafirma-se que os órgãos sociais estão no pleno exercício das suas funções, legitimamente mandatados. As soluções que existem serão, oportunamente, explicadas e transmitidas, quer publica, quer internamente», disse Fernando Pedrosa.
Questionado pelos jornalistas, o dirigente sadino não quis falar muito sobre o pré-aviso de greve, mostrando-se convicto de que esta não irá para a frente.
«Tenho a sensação que não se vai realizar, porque os jogadores do Vitória são pessoas com um grande sentido profissional, com grande dignidade e estou convencido de que o melhor que há para um jogador de futebol, mais que greve e tudo isso, é bater-se no campo num jogo com um clube considerado grande, como é o Benfica», assegurou.
O presidente do clube Chumbita Nunes confirmou dois meses e meio de salários em atraso não tendo mais a acrescentar.
«O comunicado diz brevemente. Brevemente é um advérbio de modo. Os jogadores do Vitória têm dois meses e meio de salários em atraso e prémios e ponto final parágrafo», limitou-se a dizer.
Após a reunião, registaram-se alguns actos que resultaram em estragos em viaturas da comunicação social e ameaças à integridade física dos jornalistas.