Os encarregados de educação de Oliveira de Azeméis vão encerrar várias escolas do conselho num protesto contra a falta de auxiliares de educação. A câmara reconhece que há muito tempo as escolas do conselho não têm auxiliares suficientes, mas afirma que apenas o Ministério da Educação pode resolver o problema.
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Esta é a posição do vice-presidente da autarquia depois de confrontado com a contestação anunciada esta quarta-feira pelos encarregados de educação. Dezenas de pais decidiram encerrar amanhã todas as escolas básicas e os jardins de infância de São Roque e Nogueira do Cravo, como protesto contra a falta de auxiliares.
Os encarregados de educação salientam que as escolas têm apenas 35 auxiliares para mais de mil alunos, o que pelas suas contas dá uma média de meia hora de trabalho de casa auxiliar, só durante o primeiro período.
Os pais estão determinados a continuar o protesto até terem garantias de que vão ter auxiliares a tempo inteiro. Susana Vaz, da Associação de Pais, diz que a situação é insustentável.
«Não temos auxiliares a tempo inteiro. Há 150 horas de trabalho de auxiliares para todas as escolas, o que dá meia hora por dia para cada escola. Isso não dá para mais do que limpar os cestos de papéis», salienta.
Albino Martins, o vice-presidente da autarquia, concorda com a exigência que é feita pelos auxiliares de educação mas sublinha que a câmara não pode fazer nada.
«As auxiliares das escolas são da responsabilidade do Ministério de Educação e de facto o número de auxiliares não corresponde as necessidades», admite.
No entanto, o autarca não concorda com o bloqueio dos encarregados de educação, salientando «que estas tomadas de posição não conseguem nada, é pela via do diálogo que se sensibiliza para os problemas». «Encerrar as escolas não vai resolver nada», acrescenta.