O papa dedicou hoje à instituição da família, a última oração do Angelus do milénio, que celebrou perante mais de 40 mil peregrinos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
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O papa dedicou hoje à instituição da família, e muito especialmente às que atravessam dificuldades, a última oração do Angelus do milénio.
Perante os mais de 40 mil peregrinos que estavam na Praça de São Pedro, no Vaticano, João Paulo II considerou «providencial» o facto da «Festa da Sagrada Família» se celebrar hoje, «o último dia do ano que fecha um milénio».
Recordando as famílias mais desfavorecidas, «umas estão marcadas por extrema pobreza, outras vêem-se obrigadas a procurar em países estrangeiros o que lhes falta na sua pátria e algumas vivem sérios problemas dentro do próprio seio devido às rápidas mudanças culturais e sociais que as atingem», referiu.
O Papa não esqueceu «os não poucos atentados que sofre a própria instituição da família», sublinhando que «tudo isto mostra quão urgente é redescobrir os seus valores e ajudá-la de todas as maneiras possíveis».
A família, «a primeira e fundamental célula da reunião social», deve converter-se no «ambiente vital em que toda a criança que vem ao mundo será acolhida com ternura e gratidão, um lugar onde possa respirar um clima sereno que favoreça o harmonioso desenvolvimento humano e espiritual dos seus membros».
Depois de insistir que Jesus elegeu a passagem pela experiência familiar e recordar as dificuldades vividas pela Sagrada Família, o Papa rezou para que «cada núcleo familiar se converta numa pequena 'igreja doméstica', escola de virtudes humanas e religiosas».
O Papa também recordou como 2000 foi um ano «singular» devido à celebração do Grande Jubileu que se concluirá oficialmente no próximo dia 6 de Janeiro com o encerramento da Porta Santa da Basílica de São Pedro.
No Ano Santo «acolhemos a muitos homens e mulheres que nos visitaram em sinal de boa vontade e com o desejo autêntico de reconciliação com Deus e com os seus irmãos», disse.