Depois de esvoaçarem nos céus de 22 cidades de 16 países, estão expostos no Museu do Brinquedo de Sintra 150 papagaios de várias cores e formatos. O mais velhinho data de 1973. O maior mede 150 metros.
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O dia estava chuvoso e a neblina escondia a Serra. As condições não eram as mais indicadas para lançar papagaios mas, ao entrar no Museu do Brinquedo, em Sintra, a imaginação voou alto.
Ao longo de três pisos, 150 exemplares da Associação Ar Evento, de várias formas e tamanhos, com múltiplas cores e construídos com diversos materiais, «esvoaçam» na exposição «Papagaios com Alma».
O exemplar mais velhinho veio de Londres e foi lançado na praia de Mira em 1973. Construído com pano verde azeitona e pau de bambu, já participou em muitos momentos de diversão entre Hélder Pacheco e os filhos Paula e Pedro.
Os mais invulgares ganharam forma com selos, notas de escudo, bilhetes de concertos e bilhetes de viagens de vários lugares do mundo.
Há quatro papagaios vindos de Pequim, outros quatro feitos por crianças refugiadas do Sri Lanka em Zurique, outros «nasceram» na Escola de Rolland Mouy de França. Na clarabóia do museu encontra-se um com 150 metros.
Aos coloridos papagaios de papel do Serviço de Terapia Ocupacional do Hospital Magalhães Lemos, no Porto, juntam-se agora os exemplares construídos por alunos do 1º ciclo do concelho de Sintra num atelier realizado no último fim-de-semana.
Todos os exemplares criados no âmbito da exposição serão lançados a 29 de Junho, Dia de S. Pedro e feriado municipal.
Os papagaios contam 2500 anos de tradição na China. Na Europa, há referências desde os princípios do século XVII.
Os «Papagaios com Alma» podem ser vistos até 31 de Dezembro, de terça-feira a domingo, entre as 10:00 e as 18:00, incluindo feriados.
Ao mesmo tempo podem ser apreciados mais de 40 mil brinquedos que começaram a ser coleccionados por João Arbués Moreira quando tinha 14 anos.
Uma colecção que foi aumentando com o passar do tempo e que faz relembrar aos mais graúdos os seus tempos de criança e dá a conhecer aos mais miúdos os «avós» dos seus brinquedos.
«Recebemos, em média, cinco mil visitantes por mês», disse Ana Arbués à TSF Online. «Por ano são feitas duas a três exposições temporárias. Para Março estamos a pensar realizar uma sobre o Tintin», revelou a directora do museu.