O Parlamento Europeu reprovou, esta quarta-feira, de forma clara a moção de censura lançada no mês passado por um grupo de eurocépticos contra o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Corpo do artigo
A moção recolheu apenas 35 votos a favor - menos de metade do número inicial de subscritores - e 589 contra.
O resultado da votação de hoje já havia sido «antecipado» no final do mês passado por ocasião do debate da moção na mini-sessão plenária em Bruxelas, quando todas as forças políticas do Parlamento Europeu, à excepção daquela que tomou a iniciativa (Grupo Independência/Democracia), foram unânimes em considerar esta moção de
censura «despropositada».
A moção assentava num alegado conflito de interesses, relacionado com as férias passadas por Durão Barroso e a família no Verão de 2004 num iate do empresário grego Spiro Latsis e os apoios de Estado de que este empresário viria a beneficiar com a «luz verde» da Comissão, um mês mais tarde, quando o colégio ainda era presidido por Romano Prodi.
No final do debate da mini-sessão plenária de Bruxelas, no qual fez questão de participar, José Manuel Durão Barroso agradeceu «a todos os grupos políticos», à excepção do Grupo Independência/Democracia, o facto de terem «distinguido democracia de demagogia».