Manuela Ferreira Leite considerou que o PSD não pode fragilizar-se a ponto de não ser ouvido. A ex-ministra das Finanças aproveitou ainda a sua primeira acção de campanha para as directas do partido para criticar anteriores lideranças.
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Manuela Ferreira Leite defendeu que o PSD «não se pode fragilizar ao ponto de as pessoas praticamente já não ouvirem» o partido, o que inviabiliza a possibilidade de os sociais-democratas fazerem «intervenção política».
Na sua primeira acção de campanha para as directas sociais-democratas de 31 de Maio, a antiga ministra das Finanças atribui o actual momento do PSD às últimas lideranças do partido, que classificou de «trémulas».
«Que eu tenha visto não vi assim nenhuma situação grave nem situação nenhuma que levasse as pessoas sejam eleitas e depois fossem embora. As pessoas vão embora só porque encontram umas vozes discordantes?», perguntou Ferreira Leite.
Na secção F de Lisboa, em que está inscrita, a ex-ministra avisou, contudo, que se ganhar as eleições no partido e chegar à conclusão de que não pode vencer o actual primeiro-ministro José Sócrates tomará a decisão de ir embora.
Nesta sua intervenção, Manuela Ferreira Leite adiantou ainda que não falará em estratégias para o país antes de saber se ganha ou não as eleições directas no partido.