Passos Coelho assumiu o papel de candidato a primeiro-ministro, mostrando que não quer apenas marcar território no partido. O candidato à liderança do PSD defendeu um Estado com menos despesas e mais aberto a parcerias com a sociedade e com o privado.
Corpo do artigo
O candidato à liderança do PSD Pedro Passos Coelho assumiu, numa acção de campanha domingo à noite, o papel de candidato a primeiro-ministro, mostrando que não quer apenas marcar território no PSD.
Num encontro com mais de uma centena de militantes de Oeiras, Cascais e Sintra, Pedro Passos Coelho assumiu-se como o melhor candidato para obter mais do que um resultado honroso frente ao PS nas eleições legislativas de 2009 e desdramatizou perante um PSD profundamente dividido.
«Não acredito que exista no PSD nenhum risco de populismo nem de neoliberalismo, porque nem eu sou um neoliberal nem creio que o Dr. Pedro Santana Lopes seja um populista. Somos todos do PSD», disse, frisando que todos os social-democratas lutaram muito para que alguns elementos do partido chegassem ao Governo no passado.
Passos Coelho apelou aos social-democratas que consideram que «se calhar não é muito oportuno dizer que o PSD quer fazer o mesmo que o PS faz» para não se calarem.
«Se o Estado continua nesta senda de prometer tudo a toda a gente em nome da ideia socialista estatizante de que o Estado chega a todo o lado, então chega a lados de mais e sai-nos demasiado caro», afirmou.
O social-democrata defendeu um Estado com menos despesas e mais aberto a parcerias com a sociedade e com o privado e justificou ainda o lema «o futuro é agora».
«Para quê estar a escolher uma liderança de transição se podemos escolher uma liderança forte para os próximos anos», questionou.