Paulo Pedroso queixa-se de Pinto Pereira

Paulo Pedroso vai participar disciplinarmente à Ordem dos Advogados de Pinto Pereira, o defensor das vítimas da Casa Pia, por este ter desrespeitado os seus deveres e as instituições da Justiça.

Num comunicado assinado pelos seus advogados, o deputado socialista acusou Pinto Pereira de, «apoiado por sectores da comunicação social politicamente direccionados», se ter «particularmente destacado numa actividade reincidente de descredibilização da Justiça e dos deveres da própria função de advogado».

O documento assinado por Celso Cruzeiro e João Pedroso surgiu na sequência do pedido de extracção de uma certidão relativa às declarações do arguido Carlos Silvino sobre Paulo Pedroso pedida por Pinto Pereira.

Para os defensores de Paulo Pedroso, Pinto Pereira «não pode deixar de saber, porque é advogado, que as declarações por aquele arguido prestadas não constituem qualquer elemento novo, como não constituem elemento que possa ser apreciado por Tribunal de recurso, dado que este não tem por objecto qualquer acto de renovação de prova».

Os dois advogados lembram que as declarações de «Bibi», para além de já terem sido «produzidas em fase anterior do processo», a juíza de instrução já analisou essas declarações e concluiu «pela sua absoluta falta de credibilidade».

Para estes, Pinto Pereira, que não pode «ignorar que é dever do advogado não influir os tentar influir, através da comunicação social, na resolução de pleitos judiciais pendentes, tem feito com que as instituições judiciais sofram um «sério prejuízo, por via da perspectiva deformada e distorcida que delas é fornecida à população em geral».

No comunicado, Celso Cruzeiro e João Pedroso indicam ainda que não prescindem de «accionar os mecanismos de responsabilidade criminal e cível que foram julgados adequados à situação».