O PCP pede explicações da ministra da Educação sobre a política que está a ser seguida pelo Governo para o sector. Os reptos foram lançados nas Jornadas do partido, que decorreram em Évora, sob a batuta do tema Educação.
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O PCP considera que as políticas do Governo na área da Educação estão marcadas pela propaganda e a demagogia. Por este motivo a ministra Maria Lurdes Rodrigues é chamada ao Parlamento.
«O Governo consegue a extraordinária quadratura do círculo que é o anúncio do aumento do número de alunos, a diminuição do número de professores e a manutenção da qualidade pedagógica», afirmou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.
No caso do Ensino Superior as iniciativas apresentadas por Bernardino Soares incluem o acesso dos professores ao subsídio de desemprego, o reforço do financiamento do ensino público e a denúncia de um Estado que angaria clientes para a banca.
«O Governo cria as condições para a privatização da acção social indirecta e substitui o apoio social devido pelo Estado por empréstimos bancários a estudantes, fazendo o papel de angariador de clientes para a banca», acusou.
No plano social o PCP reclama também o subsídio de maternidade a 100 por cento nas licenças de cinco meses e não esquece os incidentes da Covilhã.
«O que se passou em que dois agentes da PSP entraram na delegação da Covilhã do Sindicato dos Professores da Região Centro, numa acção abusiva e intimidatória, é gravíssimo e não pode passar em claro. Por isso o grupo parlamentar irá exigir a presença urgente do ministro da Administração Interna para obter um apuramento cabal de responsabilidades por essa acção ilegal», adiantou.
No plano interno do partido o facto da deputada Luísa Mesquita ter ficado por Santarém com uma agenda paralela a estas jornadas suscita um único comentário.
«Os factos falam por si na definição do que significa essa atitude», afirmou Bernardino Soares, adiantando que não há nenhuma alteração ao que foi anunciado há quase um ano e que se traduz na expulsão de Luísa Mesquita das listas do PCP.