O PCP defende a realização de um novo concurso de professores já para o próximo ano lectivo de modo a corrigir os «erros e ilegalidades» que julgam ter marcado este processo de colocação, válido por três anos.
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O PCP considera que a colocação de professores, sob a tutela do Governo PS, criou «graves injustiças» aos professores.
«Esta situação não é irreversível. O Governo deveria no final do ano lectivo voltar a colocar a concurso os lugares e resolver este conjunto de injustiças e irregularidades», afirma Jorge Pires, da comissão política do partido.
Os comunistas não estão contra os concursos plurianuais, mas entendem que há algumas condições que têm que ser cumpridas para que a abertura do ano lectivo decorra da melhor forma.
«Como é possível ter estabilidade e sucesso quando está em curso um processo de encerramento de cerca de 1500 escolas do primeiro ciclo do básico, sem que a lista definitiva seja ainda hoje conhecida e quando se sabe que grande parte dos problemas que vão surgir com a transferência dos alunos para as escolas de acolhimento não estão ultrapassados?»
Jorge Pires salienta ainda que o fecho de estabelecimentos de ensino é uma medida «irracional tomada por razões economicistas».
Também a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) concordam com a realização do concurso de professores no próximo ano lectivo.
Os sindicatos alegam que docentes com mais anos de experiência foram ultrapassados por outros com menos graduação.
Estes argumentos são rejeitados pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que assegura que as colocações vão manter-se por três anos.