Um barco de pesca português está retido há vários dias na Galiza. Seis tripulantes acusam o armador de não pagar o que prometeu e, por isso, estão a reter o barco há 10 dias, mantendo-se a bordo. A Confederação Intersindical da Galiza diz que a polícia já está envolvida e o armador vai pagar o que falta.
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Um barco de pesca de uma empresa portuguesa está há 10 dias retido no Porto de Vigo na Galiza por causa de um protesto de 6 pescadores africanos que dizem ter sido enganados pelo armador
Ao fim de três meses de trabalho o patrão só lhes pagou 400 euros. Dois dos pescadores em protesto são de Cabo Verde e os outros quatro são do Senegal. Ao que tudo indica foram contratados por armados português para três meses de faina no navio bravo de Aveiro.
O contrato previa o pagamento de 800 euros por mês. Mas os pescadores afirmam que o contrato não foi cumprido. Há 10 dias o barco atracou em Vigo para descarregar e na altura os trabalhadores ficaram a saber que só iam receber 400 euros pelos três meses de trabalho.
Resolveram então reter o barco mantendo-se a bordo. Uma situação seguida por Fernando Afonso da Confederação Intersindical da Galiza. «Eles estiveram 10 dias no barco sem alimentos sem nada, mas parece que o problema está prestes a ser resolvido porque os visados já estão a falar com a polícia e vão pagar», explicou.
A embarcação Bravo de Aveiro pertence à empresa FARLINE, uma empresa de comércio de pescado. O armador terá prometido acertar os pagamentos até hoje dando aos trabalhadores 800 euros por cada mês de trabalho e ainda os bilhetes para os 6 pescadores poderem regressar aos países de origem.