A direcção do Partido da Frente Liberal (PFL), de centro-direita, anunciou hoje a expulsão de um parlamentar detido com 10,2 milhões de reais (3,6 milhões de euros) em dinheiro.
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A direcção do partido salientou que a expulsão não significa um «pré-julgamento» do parlamentar, mas uma forma de evitar qualquer ligação com o suposto esquema de corrupção política.
O escândalo, recentemente tornado público, envolveria o pagamento de uma quantia mensal de cerca de 10.600 euros por parte de dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula da Silva, a parlamentares no Congresso brasileiro.
Em contrapartida, esses parlamentares passariam a apoiar os projectos apresentados pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O deputado João Batista, eleito pelo PFL no Estado de São Paulo, foi detido segunda-feira por agentes da Polícia Federal brasileira quando se preparava para embarcar numa avioneta no aeroporto de Brasília.
Agentes da Polícia Federal chegaram ao local depois de uma denúncia anónima e encontraram sete malas recheadas de notas de real.
O parlamentar declarou aos polícias que o dinheiro foi doado por elementos da Igreja Universal do Reino de Deus, um das maiores igrejas evangélicas do Brasil, na qual João Batista é pastor. O parlamentar foi libertado após depoimento, mas o dinheiro ficará à disposição do Tribunal de Brasília.