A economia portuguesa cresceu 1,5 por cento no terceiro trimestre do ano, face a igual período de 2005, quase duplicando o ritmo do trimestre anterior, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Para este crescimento contribuíram as exportações e o consumo privado.
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A economia portuguesa cresceu 1,5 por cento no terceiro trimestre do ano, face a igual período de 2005, quase duplicando o ritmo do trimestre anterior,
segundo os dados do INE, este crescimento corresponde a uma aceleração da actividade económica em 0,9 pontos percentuais, a beneficiar de um crescimento mais forte das exportações e do consumo privado.
No entanto, comparando o terceiro com o segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) desceu 0,2 por cento, depois de um aumento de 0,9 por cento nos três meses anteriores.
O crescimento de 1,5 por cento de Julho a Setembro foi o mais elevado desde o segundo trimestre de 2004, altura em que a economia portuguesa se expandiu dois por cento em termos homólogos.
A subida homóloga de 8,8 por cento das exportações (mais 1,1 pontos percentuais do que no segundo trimestre) e o crescimento de 1,8 por cento do consumo privado (depois de quase ter estagnado no final de Junho) justificam a aceleração do PIB português, num trimestre em que o investimento caiu, mas menos que nos três meses terminados em Junho.
A formação bruta de capital fixo, uma medida do investimento, recuou dois por cento, após uma queda de 3,8 por cento no segundo trimestre exibindo um «desagravamento».
A construção voltou a deteriorar-se, mas o investimento em máquinas e equipamentos e em material de transporte registaram melhorias.
O INE chama a atenção para o facto do consumo privado estar a beneficiar de um efeito de base em 2005, já que no segundo trimestre do ano passado houve antecipação de compras devido ao aumento do IVA, pelo que no terceiro o consumo foi muito mais limitado e agora é possível obter uma taxa de crescimento maior.
Os bens de consumo duradouro (automóveis e outros) foram a componente que mais contribuiu para a aceleração do consumo, também a beneficiar da antecipação de compras em 2005, refere o instituto de estatísticas.
O consumo público limitou o crescimento da economia, caindo 0,6 por cento no terceiro trimestre, face a igual período de 2005, o que representa um aprofundamento da quebra, depois da descida homóloga de 0,2 por cento do segundo trimestre.
Os dados do INE mostram ainda que as importações aumentaram 4,7 por cento, contra uma subida de dois por cento, com esta mais do que duplicação do ritmo de crescimento a conduzir a um menor do contributo das exportações líquidas para a expansão do PIB.