O secretário de Estado do Ambiente entende que o piquete de greve que está no aterro de Mato da Cruz está a fazer acções ilegais. À TSF, Humberto Rosa recordou que há uma baixa adesão à greve no aterro e que este local está «inteiramente licenciado» para receber o lixo.
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O secretário de Estado do Ambiente considerou que o lixo que está a ser recolhido em Lisboa e em alguns concelhos limítrofes da capital não está a chegar ao aterro de Mato da Cruz devido a acções ilegais do piquete de greve dos trabalhadores da Valorsul.
Ouvido pela TSF, Humberto Rosa explicou que estas acções vêm na sequência de acções «ilegítimas» de quem não tem conseguido os seus objectivos com a greve que Humberto Rosa classificou de «legítima».
O governante lembrou ainda que o tratamento do lixo está assegurado com um «destino inteiramente licenciado e certificado que é o aterro, onde a adesão à greve é, aliás, muito baixa».
«Só através de métodos ilegais, como bloqueios e cadeias humanas, é que têm conseguido interromper, por vezes, o acesso dos camiões», acrescentou Humberto Rosa, que acusou os grevistas de não se preocuparem com a lei e com a saúde pública.
O governante considerou ainda que a actuação dos agentes da GNR que estão junto ao aterro sanitário de Mato da Cruz tem sido dentro dos limites, de «forma exemplar e com absoluta contenção».
Na opinião de Humberto Rosa, a política tem tido este comportamento ao passo que «aparentemente haveria algum desejo da parte de alguns grevistas que houvesse alguma acção mais extremada que não tem havido».
«Temos toda a confiança nas forças da ordem como até ao momento para manter a legalidade e permitir o acesso ao aterro», frisou o secretário de Estado do Ambiente.
Este secretário de Estado referiu ainda que os serviços mínimos requeridos em despacho conjunto do Ministério do Ambiente e do Trabalho não estão a ser cumpridos pelos trabalhadores da Valorsul.
«Ponderaremos e tom aremos as medidas que se venham a impor. O que sabemos é que temos condições para, perante o grau de adesão à greve que no aterro é muito baixa, continuarmos a ter este destino adequado para os resíduos», concluiu.
O presidente do Conselho de Administração da Valorsul também entende que o sindicato e os trabalhadores estão a violar a lei.
Também em declarações à TSF, António Branco diz que a administração da empresa está a cumprir e que esta reconhece a existência dos piquetes de greve tal como estes estão consignados na lei.
Segundo a leitura que faz da lei, António Branco recorda que estes piquetes têm como objectivo «persuadir os trabalhadores que não querem aderir à greve por meios pacíficos a aderirem».
«O nosso entendimento é que esses meios meios pacíficos não são corte de acessos, sabotagens pondo em perigo outros trabalhadores nem levar a encerrar instalações com cadeados em portões», lembrou.
António Branco explicou ainda que a administração da Valorsul quer negociar com os trabalhadores assim que o sindicato levantar a greve».