Uma equipa da polícia judiciária e uma procuradora do Ministério Público da Alemanha estiveram em Portugal para investigar o paradeiro de um alegado pedófilo. Ulrich Schulz, de 55 anos, é suspeito pelo abuso de 116 crianças.
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As autoridades policiais e judiciárias alemãs mantiveram contactos com a Procuradoria-Geral da República portuguesa e com a Polícia Judiciária nacional, para descobrir se Ulrich Schulz se encontra ainda em Portugal, segundo fonte judicial citada pela Agência Lusa.
A Alemanha enviou, há mais de um ano, uma carta dirigida às autoridades portuguesas em que faz um apelo para que se investigue se o alegado pedófilo que se encontra em Vila Nova de Cerveira ou no Algarve.
A PJ portuguesa fez diversas diligências de busca e vigilância junto da quinta que o alemão possui em Cerveira, mas até hoje não foi possível encontrá-lo.
Para tentar acelerar o processo, a equipa alemã veio propositadamente a Portugal. O objectivo é encetar novos rumos geográficos na investigação do paradeiro de Ulrich
Schulz, caso se confirme que não está em território luso, adiantou a mesma fonte.
«É uma pessoa com muitos contactos internacionais, pelo que pode estar escondido em qualquer sítio do mundo», afirmou.
Suspeito de abuso a 116 crianças
Segundo a edição de hoje do «Diário de Notícias», o cidadão alemão é suspeito de ter abusado sexualmente de, pelo menos, 116 crianças. Cinco desses casos terão envolvido um elevado grau de violência.
O alegado pedófilo, cujo rasto foi perdido pelos investigadores alemães em meados de 2002, seria chefe de uma seita na região da Baviera, que terá criado, nos anos 80, «cobertura» para os presumíveis abusos sexuais, cujo número poderá ser bastante superior a 116, de acordo com informações da polícia alemã.
Schulz é conhecido nos meios da música New Age pelos seus numerosos discos.