A polícia britânica já identificou quatro suspeitos dos atentados ocorridos em Londres. Os alegados terroristas terão chegado à capital, no próprio dia do atentado, quinta-feira, de comboio. Hoje foi detido um homem suspeito de ter colaborado com os alegados suicidas.
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O corpo de um dos quatro presumíveis suicidas já foi identificado pela polícia como sendo uma das vítimas na explosão do metropolitano na estação de Aldgate, embora a informação ainda careça da confirmação do médico forense, indicou em conferência de imprensa Peter Clark, chefe da secção anti- terrorista da Scotland Yard.
Documentos ou objectos pertencentes a estes homens foram encontrados pela polícia nos locais das outras explosões no metropolitano e também no autocarro.
Terá sido, aliás, a identificação dos objectos pertencentes a um deles no autocarro que explodiu em Tavistock Square a fornecer as pistas que levaram à emissão de seis mandados de busca em casas de Leeds, cidade do West Yorkshire, no norte de Inglaterra.
Os objectos pertencem a um homem que foi dado como desaparecido pela família às 10:30 da manhã de quinta-feira.
A polícia já conseguiu identificar, através das imagens das câmaras de vigilância, pelo menos quatro dos suspeitos, em cujas casas já procedeu a buscas, residiam em bairros predominantemente muçulmanos de Leeds, cidade onde foi detido o suspeito, familiar de um dos alegados suicidas, que será interrogado em Londres.
Polícia evacua bairro de alegado suspeito
Numa das residências foi encontrado material explosivo que levou a polícia de West Yorkshire a evacuar uma zona da cidade por razões de segurança.
A Scotland Yard está a tentar reconstituir os passos dos quatro homens na manhã de quinta-feira, de forma a confirmar, sem margem para dúvida, a convicção de que os atentados foram cometidos por suicidas.
Para já, as autoridades confirmam que os quatro indivíduos viajaram juntos de comboio para Londres, onde as câmaras de vigilância da estação de King's Cross os filmaram às 08:30 da manhã de quinta-feira, 20 minutos antes das explosões no metropolitano - o autocarro só explodiria às 09:47.
No decurso das investigações, foi encontrado um carro suspeito junto à estação de Luton, a 30 quilómetros a norte de Londres, o que levou à evacuação da estação, do parque de estacionamento adjacente, do terminal de autocarros e de parte dos terrenos da Universidade de Luton.
A tese dos bombistas suicidas parece, nesta altura, a mais plausível para as autoridades.
Um ataque como o de 11 de Março de 2004 em Madrid, onde os terroristas usaram engenhos explosivos accionados à distância por telemóvel, seria mais difícil de concretizar no Metro de Londres, já que, por exemplo, o túnel entre King's Cross e Russell Square, onde há corpos ainda por resgatar, encontra-se a trinta metros abaixo do nível do solo.
O último balanço oficial dos atentados dá conta de 52 mortos e 700 feridos, 55 deles encontram-se ainda hospitalizados.