A polícia italiana prendeu, esta quarta-feira, mais seis pessoas suspeitas de estarem envolvidas na fraude financeira que atingiu o grupo Parmalat.
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No grupo de seis pessoas detidas pela polícia italiana, no âmbito do caso Parmalat, encontram-se dois directores financeiros e dois comerciais do grupo italiano, e dois responsáveis da filial italiana do grupo de auditoria Grant Thornton.
De acordo com fontes judiciais, citadas pela agência Reuters, os seis detidos são suspeitos de fraude contabilística e de falência fraudulenta, naquele que já foi considerado "o caso mais descarado de fraude na história empresarial".
Estas são as primeiras detenções no caso Parmalat depois da prisão, no passado Sábado, do presidente da empresa Calisto Tanzi e consequente pedido de falência da gigante italiana.
Tanzi, que fundou e transformou a Parmalat num gigante da indústria alimentar lacticínia, admitiu na segunda-feira ter desviado 500 milhões de euros dos cofres da empresa para outras empresas fora do grupo, detidas pela família Tanzi. No entanto, e segundo as autoridades judiciais, o buraco financeiro na Parmalat deverá ascender a oito mil milhões de euros.
As autoridades italianas acreditam que Tanzi, em colaboração com um grupo restrito de pessoas, durante anos terá falsificado as contas da Parmalat e desviado mais de 800 milhões de euros, deixando o grupo com uma dívida que ronda entre os 10 e 13 mil milhões de euros.
Entretanto, o juiz encarregue do caso recusou o pedido de Tanzi para ser colocado em prisão domiciliária, justificando a decisão com o risco de Tanzi poder destruir provas.