A polícia brasileira recuperou intactas as duas telas de Cândido Portinari e Pablo Picasso furtadas do Museu de Arte de São Paulo (Masp) a 20 de Dezembro do ano passado e avaliadas em 38,7 milhões de euros. Dois indivíduos estão detidos mas as autoridades continuam à procura do mentor do crime.
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As obras, "O Lavrador de Café" (1939), de Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch" (1904), de Picasso, foram encontradas terça-feira numa casa em Ferraz de Vasconcelos, a 40 quilómetros de São Paulo.
O local foi indicado aos polícias do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) por dois suspeitos entretanto detidos.
Ambos têm extensa ficha criminal, mas não há indícios de que estejam associados a qualquer quadrilha, informou o Deic.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o furto foi levado a cabo por encomenda e envolveu três assaltantes.
Os ladrões receberiam cinco milhões de reais (1,9 milhões de euros) pelas duas telas, avaliadas em 38,7 milhões de euros.
«É evidente que eles não cometeram esse furto para eles. Fizeram-no por encomenda ou para chegar a algum ponto», afirmou na terça-feira à noite o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Mauricio José Lemos Freire.
A polícia está agora atrás do mentor do crime, que, segundo as investigações, pretendia vender as telas no exterior.
De acordo com o delegado Freire, foi descartada a hipótese de participação de funcionários do Masp no furto das duas telas milionárias.
As investigações do caso vão continuar sob segredo de Justiça.
Os quadros, em perfeito estado de conservação, voltarão ainda hoje ao Masp, que será reaberto na sexta-feira.