O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou, esta segunda-feira, o que apelidou de «política de capelinhas» dos ministérios da Cultura e da Economia.
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Num almoço-debate sobre politica externa portuguesa, Luís Amado adiantou que esta situação causa dificuldades «na promoção dos interesses económicos» e numa «maior valorização do papel da cultura e da língua portuguesas».
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou ainda que essa «política de capelinhas» é especialmente visível no sector da cultura.
Luís Amado sublinhou também que a maior dificuldade dos que exercem funções governamentais está mesmo na relação com os outros ministros e só depois com a comunicação social ou com a oposição.
Um problema que surge, de acordo com o ministro, por causa dessa «politica de capelas» ou de «preservação do poder».
O ministro afirmou que na acção externa, tanto a nível cultural como económico, «há sempre uma política de capelinhas a condicionar, muito, os interesses de Portugal».
«A política de capelas isola-nos», acrescentou.
O ministro considerou ainda que o Parlamento português «devia acompanhar mais directamente a política externa».
Luís Amado anunciou que o Governo vai apresentar brevemente à Assembleia da República uma proposta para que os embaixadores de Portugal passem a ser ouvidos em audiência pelo Parlamento antes de seguirem para os postos diplomáticos.