O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos apresentou hoje o relatório 2000/2001 onde afirma que as políticas governamentais estão a influênciar cada vez mais as alterações climatéricas.
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O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos expressou esta sexta-feira preocupação pela instabilidade a nível mundial que as políticas governamentais têm no aquecimento global do planeta, durante a apresentação em Londres do relatório 2000/2001 do IISS (sigla em inglês).
«As alterações climáticas têm outro impacto associadas aos conflitos e instabilidade política já existentes» chegando mesmo ao «ponto de influenciar as políticas governamentais», afirmou Terence Taylor, director-adjunto do instituto.
Como exemplo, Taylor cita o caso do protocolo de Quioto que causou uma contenda transatlântica entre a Europa e os Estados Unidos da América.
A explicação está no facto de «os países encararem de forma diferente as alterações climáticas em geral e o aquecimento do planeta em particular, e isso desencadeou diferendos», considera.
Segundo o director-adjunto do IISS, embora o fenómeno do aquecimento global não seja em si uma causa de instabilidade, ele tem um efeito agravante em diversas zonas do planeta. Exemplo disso é o El Nino, que teve um efeito mais nefasto na América do Sul e Central do que certas disputas militares ou terroristas.
O IISS aponta também o dedo à irresponsabilidade de alguns políticos que preferem ignorar este perigo mundial, destacando o caso de George W. Bush ao decidir retirar os Estados Unidos da América do protocolo de Quioto.