Os responsáveis do CDS-PP não ficaram agradados com os resultados das eleições na Madeira e nos Açores e assumiram a derrota «sem tibiezas». Já o Partido Comunista assinalou o mau resultado obtido pelo PSD e o CDS-PP nos Açores.
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O CDS/PP admitiu que os resultados obtidos pelo partido nas eleições regionais da Madeira e dos Açores não foram positivos, sendo desde já importante que o partido comece desde já a trabalhar para obter melhores resultados nas próximas eleições.
«Nós assumimos os nossos resultados sem tibiezas. É evidente que na Madeira houve um retrocesso. Voltamos aos sete por cento que tivemos em 1996. Nós estamos habituados a sofrer na Madeira e estamos prontos para recomeçar», afirmou Pires de Lima.
O vice-presidente do partido considerou ainda que «seria forçado e abusivo» fazer alguma leitura nacional dos resultados nas regiões autónomas.
«Os círculos eleitorais tem 'timings' próprios», concluiu.
Por seu turno, o ainda secretário-geral do PCP assinalou o mau resultado obtido pela «Coligação Açores», considerando que este foi o resultado de uma crítica feita pelos eleitores ao Governo da república.
«A confirmarem-se os resultados conhecidos nos Açores, em que a coligação de direita terá menos votos que a expressão eleitoral dos dois partidos, esse facto não pode deixar de traduzir o descontentamento existente no país com a política da coligação PSD/CDS-PP», afirmou Carlos Carvalhas.
O líder comunista não deixou também passar em clara o mau resultado obtido pelo partido nos Açores, onde a CDU ficou sem qualquer representação parlamentar, perdendo assim os dois deputados assegurados no acto eleitoral de 2000.
«É um factor marcadamente negativo para o desenvolvimento político naquela região», numa campanha que Carvalhas classificou de «fortemente bipolarizada» e com «clara discriminação» em relação ao PCP e onde houve «grande desproporção de meios materiais e financeiros».