O preconceito social e o amor são as notas dominantes da ópera «Porgy and Bess», do compositor norte-americano George Gershwin, que hoje estreia no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Corpo do artigo
A ópera, em dois actos, chega a Portugal numa produção da companhia Living Arts - a única entidade autorizada pelos herdeiros do autor a representar a peça - sob a direcção do norte-americano Will Roberson.
O espectáculo, que reflecte os ritmos afro-americanos através de temas clássicos de Gershwin como «Summertime», «I got plenty o'nuttin» e «It ain't necessarely so», possui um argumento intenso e dramático.
Baseada na novela de DuBose Heyward, a acção decorre no início do século XX no bairro de Catfish Row, em Charleston, EUA, e conta a história do deficiente Porgy, que, depois de presenciar um homicídio durante um jogo de dados, dá abrigo a Bess, a mulher do assassino e viciada em drogas.
O espectáculo, produzido por Peter Klein, será acompanhado pela Orquestra Sinfónica de Pecs, Hungria, sob a direcção musical do maestro Zoltan Papp.
A encenação da ópera está a cargo de Elisabeth Graham, a direcção musical é de Stefan Kosinski e a cenografia de James Fouchard.
O espectáculo será legendado em português para facilitar a compreensão da linguagem «Gullah» - um crioulo que mistura o inglês com dialectos africanos.
George Gershwin decidiu compor «Porgy and Bess» em 1926 depois de ter lido a novela de DuBose Heyward, a quem sugeriu uma colaboração para uma versão musical da história.
O custo dos bilhetes para o espectáculo, que pode ser visto no Grande Auditório do CCB até dia 21, varia entre os 12,50 e os 40 euros.