O líder do CDS-PP, Paulo Portas, assumiu esta terça-feira o objectivo de tirar a maioria absoluta ao Governo PS nas próximas legislativas, em 2009, e disse que os democratas-cristãos não estão disponíveis para ser poder «à primeira esquina».
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A pouco mais de um ano das legislativas, Paulo Portas entra em campanha eleitoral e o alvo preferencial das críticas do líder do CDS-PP é o primeiro-ministro, José Sócrates.
«Ele nunca me critica pelo que eu fiz, mas pretende criticar por aquilo que eu não fiz, o que prova bem o medo que ele tem do CDS, que o partido cresça e faça o que é preciso, retirar-lhe a maioria absoluta em 2009 para que este ciclo político mude», afirmou.
Este é o objectivo político com que Portas quer conquistar o eleitorado e por isso pede mais votos.
«A prioridade do CDS é crescer, não estamos à espera da boleia de ninguém nem para dar boleia a ninguém», disse.
É o caso do PSD na medida em que o CDS-PP «é muito diferente» dos sociais-democratas.
«Sei o que é fazer uma coligação em que um tem oito por cento e outro 40 por cento. Não sou presidente do CDS-PP para fazer o mesmo nas mesmas condições. Quero que o partido cresça. Não tenho pressa. Isto significa não estar disponível para ser poder à primeira esquina», afirmou.
O líder democrata-cristão discursava no encerramento das jornadas do CDS-PP, que decorreram em Viseu, numa intervenção de cerca de uma hora.