Na véspera da greve geral na Função Pública, os sindicatos garantem que amanhã muitos tribunais, repartições de finanças e serviços camarários vão fechar portas. Um cenário que deve acontecer também em muitas escolas.
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Se nas últimas greves a adesão dos professores tem atingido os 60 a 70 por cento, desta vez a Fenprof acredita que este número vai aumentar.
Mário Nogueira tem participado em vários plenários e diz que os professores estão cheios de vontade de mostrar o seu descontentamento em relação às políticas governamentais.
Do lado da FNE existe a mesma convicção. João Dias da Silva não tem dúvidas que a greve terá uma forte adesão, «quer em zonas do interior, quer do litoral, quer urbanas» ou rurais.
O dirigente sindical acredita mesmo que o «encerramento de escolas» vai ser uma realidade.
Na área da justiça, os sindicatos julgam igualmente que a adesão vai ser elevada. A maioria dos funcionários judiciais promete ficar em casa.
Amanhã poderá também ser muito difícil registar uma empresa, uma casa ou um filho. O Sindicato dos Trabalhadores do Registo e Notariado não tem dúvidas que muitos serviços vão estar encerrados.
Tal e qual como as repartições de Finanças. Manuel Baptista da Silva, do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, diz que o sentimento de revolta é muito grande.
«É tradição da nossa casa encerrar repartições nas greves, umas vezes mais outras menos», adiantou.
Na administração local vai dar nas vistas a adesão à greve nos serviços de recolha de lixo.
Por todo o país, em especial, na cidade de Lisboa muitas Juntas de Freguesia não vão abrir as portas.
Quanto aos transportes públicos as cidades do Barreiro, Coimbra, Aveiro e Braga vão ser as mais afectadas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local que antevê ainda uma forte adesão em Portalegre e Bragança.
O atendimento nos hospitais e centros de saúde será também afectado.