O ministro da Defesa visita as tropas portuguesas na Bósnia-Herzogovina. Antes de partir, Paulo Portas fez questão de explicar que esta é uma viagem que estava programa há vários meses e não surgiu agora com o Governo de gestão.
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Actualmente encontram-se cerca de 200 militares portugueses na Bósnia. A visita de Paulo Portas a esta região marca o fim de quase nove anos de participação portuguesa em missões da NATO e a transição para o novo comando agora sob a bandeira da União Europeia.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu transferir da Aliança Atlântica para a Europa, a partir de 02 de Dezembro, a responsabilidade pelas forças internacionais de manutenção da paz nessa região dos Balcãs.
Desde 1996 mais de sete mil efectivos portugueses prestaram serviço primeiro na IFOR depois na SFOR numa experiência que marcou um ponto de viragem para a maioria dos oficiais da nova geração.
Apesar de ter sido uma missão de paz não esteve isenta de riscos como o provam os cinco militares mortos que vão ser homenageados pelo ministro da Defesa.
Para além disso, Paulo Portas, vai condecorar um dos feridos graves que resultou da missão da Bósnia, Major Augusto Pinheiro, atingido pela explosão de um engenho durante uma operação de desminagem.
Na nova fase da missão na Bósnia, Portugal passará a integrar um Batalhão de Manobra Multinacional, em conjunto com turcos e polacos, sendo o comando rotativo entre as três nações.
De acordo com responsáveis militares, desde que Portugal está em Doboj, os seus militares já efectuaram 805 missões, sete das quais para recolha de armas e munições ilegais.