O Tribunal de Contas acusa a Administração do Porto de Sines de gastar dinheiros públicos sem necessidade, de ter «pouca racionalidade» na gestão do pessoal e de não cumprir a lei. Esta entidade acusa ainda o Estado de não se envolver na gestão da empresa.
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O porto de Sines está a desperdiçar dinheiros públicos porque contrata serviços externos de advogados, enquanto mantém um gabinete jurídico de quatro pessoas em funcionamento, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas realizada entre 2002 e 2005 e divulgada esta segunda-feira.
O Tribunal de Contas acusa também o Estado de se colocar à margem de decisões estratégicas da empresa, ao não definir as linhas de orientação do Porto de Sines e ao não fixar objectivos.
Além disso, o representante público na empresa não se quis pronunciar «expressamente» sobre o plano de investimento plurianual da empresa.
Para o Tribunal de Contas, houve despesas «avultadas» e com pouca racionalidade económica na gestão do pessoal, como por exemplo os 203 mil euros da festa de natal de 2002 ou os 185 mil euros da comemoração dos 25 anos.
Esta entidade jurídica acusa ainda a Administração do Porto de Sines de não cumprir a lei, ao escusar-se a publicar a lista das adjudicações de obras públicas.