O FC Porto empatou esta noite com o Nacional a duas bolas. A equipa viu dois pontos a fugir-lhe das mãos por culpa própria. Os «dragões» marcaram 2 golos na melhor altura: no início de cada parte. Mas sofreram outros 2 na pior altura: já depois dos 90 minutos. Ainda assim sobe provisioriamente para o 1º lugar em igualdade pontual com o Benfica (menos um jogo).
Corpo do artigo
O encontro Nacional-Porto acaba por ter muito menos para contar do que o do ano passado (aquele que foi considerado por José Mourinho o pior da época). Para Victor Fernandez, que já se manifestou desiludido depois da derrota na Taça, a avaliação também não deve andar longe. O relvado da Choupana, esse, continua uma época depois a «exigir» este mau futebol.
Muito resumidamente, o Porto viu-se a ganhar bem cedo. Logo no minuto dois, um golo irregular (Derlei em fora-de-jogo faz-se ao lance e tapa a visibilidade de Hilário) num livre directo de Diego deu vantagem aos campeões europeus.
Durante toda a primeira parte, o Nacional pouco assustou o adversário que foi sentindo que tinha o jogo controlado. Logo no início do segundo tempo, ainda mais convencido ficou o campeão nacional com a bela jogada de Derlei que ofereceu o golo a McCarthy.
Mas os jogos nunca são favas contadas. Os madeirenses foram reagindo como puderam à desvantagem, no entanto, só com um auto-golo de Raul Meireles conseguiram reduzir. E já passavam poucos segundos do minuto 90.
Já nos descontos, 4 minutos depois, as favas contadas tornaram-se indigestas. Novo canto: Hilário vai até à área contrária e a bola vem direitinha para a cabeça de Adriano. O goleador não se fez rogado e cabeceou. Era o prémio justo para a atitude da equipa do Nacional que nunca desistiu. Quanto à atitude do Porto valia um título de filme: distracção fatal.
O Porto fica agora mais intranquilo para receber o Paris SG, terça-feira na Liga dos Campeões, e já a pensar no clássico com o Sporting. Os «dragões» que, no ano passado, só sofreram 5 derrotas, levam já 4 jogos a perder.
Apesar de tudo, este empate coloca o Porto na liderança da Superliga. Tem os mesmos 16 pontos que o Benfica que, este Domingo, vai a casa do Gil Vicente (último classificado). O Nacional soma 10 pontos e, para já, junta-se ao Belenenses no 8º lugar.
Sob a arbitragem de Paulo Costa (Porto), no estádio engº Rui Alves no Funchal, com 3 mil pessoas na única bancada da Choupana, as equipas alinharam da seguinte forma:
Nacional
Nacional: Hilário, Patacas, Ávalos, Fernando Cardozo, Cleomir (Rondinelli, 63); Cléber (Gouveia, 73), Bruno, Alexandre Goulart; Miguel Fidalgo, Adriano e Serginho Baiano (Michel, 63).
Suplentes: Belman, Carlos Manuel, Rondinelli, Marcelo, Nuno Viveiros, Michel e Gouveia.
FC Porto
FC Porto: Baía, Seitaridis, Pepe, Jorge Costa, Ricardo Costa, Bosingwa, Maniche, Diego (Raul Meireles, 62), Derlei, Carlos Alberto (Quaresma, 46) e McCarhty (Luis Fabiano, 73).
Suplentes: Nuno, Luís Fabiano, Quaresma, César Peixoto, Areias, Raul Meireles e Hélder Postiga
Acção disciplinar:
Cartão amarelo para Miguel Fidalgo (13'), Carlos Alberto (33'), Jorge Costa (45'), Benni McCarthy (53'), Ávalos (53'), Bosingwa (60'), Fernando Cardoso (63'), Seitaridis (63'), Vitor Baía (77'), Rondinelli (87') e Ricardo Quaresma (88').
Golos de Derlei (2') e McCarthy (52') para o Porto e de Raul Meireles (p.b. 90') e Adriano (94') para o Nacional.