Portugal continua a ser o país da União Europeia com maior incidência de Sida e de transmissão de VIH entre Consumidores de Droga Injectável, segundo um relatório europeu divulgado esta quinta-feira, que dá conta ainda que a canabbis continua a ser o estupefaciente mais consumido.
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Portugal continua a ser o país da União Europeia com maior incidência de Sida e de transmissão de VIH entre Consumidores de Droga Injectável.
Estes são dados que constam do relatório de 2007 do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), hoje divulgado em Bruxelas.
Os níveis estáveis do consumo de heroína e de cannabis e as taxas maioritariamente baixas de transmissão de VIH entre os consumidores de droga injectável são apontados pelo director do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência como sinais positivos.
Wolfgang Gotz lembra, no entanto, que o fenómeno da droga é ainda um sério desafio para as políticas sociais e de saúde da Europa.
Os últimos dados do observatório dão conta de uma estabilização do consumo de cannabis, agora menos popular entre os jovens, e uma diminuição do consumo de droga injectável.
No caso da cocaína, as estimativas apontam para uma subida do consumo, com 4,5 milhões de europeus a admitirem ter consumido este tipo de droga em 2005, contra 3,5 milhões no ano anterior.
O relatório revela ainda que as apreensões na Europa aumentaram 45 por cento entre 2004 e 2005, acrescentando que a Península Ibérica continua a ser a principal entrada de cocaína no continente europeu.
No documento hoje publicado, lê-se também que a canabbis continua a ser o estupefaciente mais consumido, seguido da cocaína, ecstasy e anfetaminas.
Os dados do observatório indicam que quase um quarto da população adulta da União Europeia, ou seja, cerca de 70 milhões de pessoas entre os 16 e os 64 anos, experimentou canabbis em algum momento da vida, enquanto cerca sete por cento consumiu canabbis no último ano.
Noutros pontos do relatório, o consumo intravenoso de heroína diminiu e, no que diz respeito ao VIH, a agência europeia faz uma avaliação globalmente positiva.