O primeiro-ministro português confirmou que Portugal e a UE estão «totalmente disponíveis» para o combate ao terrorismo na Argélia, pais recentemente alvo de um duplo ataque terrorista. José Sócrates proferiu estas palavras durante uma visita à capital argelina, Argel.
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O primeiro-ministro português assegurou que Portugal e a União Europeia estão «totalmente disponíveis» para colaborar no combate ao terrorismo na Argélia, país recentemente alvo de um duplo ataque terrorista que matou pelo menos 37 pessoas, segundo números oficiais.
«Como presidente em exercício da EU manifesto a minha total solidariedade com o povo argelino e quero aqui condenar vivamente os atentados terroristas», afirmou José Sócrates, no decurso de uma vista a Argel.
Com o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika a seu lado, Sócrates frisou que «temos de combater a barbárie do terrorismo que limita a liberdade e põe em risco a segurança de todos os cidadãos».
Pouco depois, antes de inaugurar com o presidente Bouteflika, uma exposição de arte islâmica, organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, o chefe do governo português explicou que a política externa nacional em relação ao norte de África tem «subido de importância gradualmente».
«Portugal tem cimeiras anuais com Marrocos, com a Argélia e com a Tunísia e abriu este ano uma embaixada na Líbia», lembrou José Sócrates, que antes tinha confirmado a realização da II Cimeira Luso-argelina no início de 2008 em Portugal.
O dia ficou ainda marcado pela confirmação de um negócio entre o Grupo Português de Construção e o Estado argelino para a construção de um quarteirão em Oran, a segunda cidade da Argélia, num projecto de cinco anos orçado em 165 milhões de euros.
O início dos trabalhos deverá acontecer apenas no segundo semestre de 2008, devendo abranger uma área de 42 hectares em que vão ser construídos 2103 apartamentos e 456 vivendas, num espaço 37 metros quadrados serão para espaços comerciais.