Portugal encontra-se entre os países do mundo onde existe menos corrupção, sendo que a área onde pode eventualmente existir é na política, segundo um barómetro divulgado esta quinta-feira. A maioria dos portugueses acha, no entanto, que o governo tem sido «ineficaz» na luta contra a corrupção.
Corpo do artigo
Portugal está entre os países do mundo onde os subornos são menos frequentes e as situações que alegadamente ocorrem estão relacionadas com política, segundo um barómetro global da corrupção, relativo a 2006, divulgado esta quinta-feira, em Bruxelas.
Segundo o estudo, divulgado pela organização não-governamental Transparency International (TI), os países onde existe maior índice de corrupção, com mais de 40 por cento dos inquiridos a admitirem ter pago subornos nos últimos 12 meses, são Albânia, Camarões, Gabão e Marrocos.
Portugal aparece no último grupo - onde cinco por cento ou menos dos inquiridos responderam afirmativamente - ao lado da África do Sul, Alemanha, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Fiji, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Israel, Japão, Malásia, Noruega, Polónia, Reino Unido, Singapura, Suécia, Suiça, Taiwan e Turquia.
No entanto, Portugal encontra-se entre os países onde a maioria dos inquiridos (entre 51 e 70 por cento) admitiu que a corrupção afecta a vida politica.
Os países onde mais de 70 por cento das pessoas sente que existe corrupção na politica são a Bolívia, Camarões, Grécia, Coreia do Sul e Taiwan.
Segundo este barómetro divulgado pela TI, 39 por cento dos portugueses inquiridos acha que o papel do governo no combate à corrupção tem sido «ineficaz» e outros 13 por cento consideraram mesmo que o governo não combate a corrupção.
O barómetro foi realizado pelo Gallup International em 62 países, entre Junho e Setembro, a 59.661 pessoas.