Portugal é o país da União Europeia (UE) que registou a maior taxa de crescimento na produção científica e no número de doutorados em Ciência e Tecnologia entre 1995 e 2000, anunciou hoje (sábado) o primeiro-ministro em Matosinhos.
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A boa notícia foi dada este sábado, em Matosinhos, pelo primeiro-ministro na sessão de encerramento das segundas Jornadas de Inovação, que esta semana decorreram na Exponor.
António Guterres salientou que este desempenho - avaliado segundo «indicadores certificados pela UE» - traduz uma «aposta política fundamental» na recuperação do atraso estrutural português relativamente aos países mais desenvolvidos da Europa.
Optimista, o chefe de Governo explicou que Portugal foi o segundo país em que o contributo do Orçamento de Estado para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia mais cresceu, e o terceiro em ritmo de crescimento do financiamento das empresas do sector privado da investigação e desenvolvimento.
«Somos o terceiro país em taxa de crescimento da despesa em investigação e desenvolvimento no conjunto da economia portuguesa», revelou.
Investigadores aumentam nas PME
Segundo os dados divulgados este sábado por António Guterres, Portugal foi o quarto país europeu em que o número de investigadores mais cresceu e, «numa área particularmente sensível e difícil, que é a das pequenas e médias empresas», foi o segundo em taxa de crescimento dos apoios concedidos aos esforços de investigação e desenvolvimento.
De acordo com António Guterres, citado na Agência Lusa, na «aposta política fundamental» do Executivo em recuperar o atraso estrutural do país a inovação assume-se como uma «componente decisiva», mas explica que para tal é necessária uma «convergência de esforços entre o sector público, as empresas, os centros de investigação e as universidades».
«Competitividade, produtividade e desenvolvimento»
O objectivo, explicou, é criar as «condições indispensáveis para que Portugal possa ganhar o desafio de competitividade, produtividade e desenvolvimento».
Organizadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, através da Agência de Inovação, as segundas Jornadas de Investigação visaram mostrar os resultados dos projectos de investigação em consórcio entre empresas e centros de investigação apoiados pela tutela.
No total, foram 184 os projectos apoiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia desde 1996, tendo o investimento global em investigação e desenvolvimento ascendido a 16 milhões de contos (80 milhões de euros), 8 milhões (40 milhões de euros) dos quais correspondentes a apoios públicos.