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O grupo industrial alemão Siemens anunciou um profundo plano de reestruturação, na área das telecomunicações, que vai implicar o despedimento de quase 7000 trabalhadores e a venda de fábricas.
Pelo menos 3800 postos de trabalho vão desaparecer pura e simplesmente. Os restantes vão ser suprimidos pela venda de fábricas ou pelo estabelecimento de parcerias.
Na Alemanha, o plano de reestruturação vai acabar com mais de 1000 postos de trabalho e Portugal pode acabar por ser também afectado.
Num contacto com a sede da empresa na Alemanha, a porta-voz para imprensa confirmou à TSF que Portugal pode estar incluído na lista, mas a responsável recusou-se a revelar pormenores sobre medidas concretas.
A porta-voz afirmou que o sector mais atingido será o das telecomunicações, conhecido pela sigla SEN (Siemens Enterprise Comunications).
A empresa vai começar em breve as negociações com os representantes dos trabalhadores das várias filiais atingidas para elaborar «um plano social o menos doloroso possível», que deve incluir entre outras medidas a reforma antecipada dos trabalhadores mais idosos.
Entre os países mais atingidos pela reestruturação contam-se a própria Alemanha, a Grécia e o Brasil.
Segundo os analistas esta situação está a verificar-se na Siemens porque o gigante alemão não foi capaz de antecipar as mudanças tecnológicas num mercado em constante transformação.