Sempre a subir, a taxa de inflação na Zona Euro, está nos 3, 6 por cento, o valor mais alto dos últimos 16 anos. Perante estes dados, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa e o presidente da Associação Empresarial de Portugal avisam que Portugal vai ser afectado e tem de ser preparar para a crise económica.
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Perante este quadro, Francisco Van Zeller, o presidente da CIP, considera que «já não há dúvidas de que a inflação chegou», assim como «a quebra da actividade económica».
«A Espanha e a Alemanha serão afectadas pela baixa de crescimento dos EUA e nós seremos afectados também», salienta o presidente da CIP, avisando que Portugal tem de ser «preparar para enfrentar a crise».
Van Zeller aconselha, assim, que se diminua o impacto desta crise na economia «através da aceleração da implementação do QREN, mesmo que seja preciso acelerar prazos».
O presidente da CIP recomenda também que se apliquem «programas de políticas activas de emprego e o incentivo ao empreendorismo, incentivando as pessoas a criar as suas próprias empresas».
Mesmo assim, Van Zeller avisa que isto são apenas «paliativos» e que a «onda vai cair em cima do país», «não se sabe é de que lado».
Também contactado pela TSF, Ludgero Marques, o presidente da Associação Empresarial de Portugal, disse que a situação é «preocupante», em particular para um pequeno país como Portugal que tem de fazer apostas muito concretas.
«Nós em Portugal, que já vivemos em crise há vários anos, fizemos um esforço para nos distanciarmos da crise, mas não conseguimos por causa da pressão internacional», explica Ludgero Marques.
Além disso, continua o presidente da AEP, «sendo um país pequeno exportador, que pretende aumentar relações internacionais com a Europa e os EUA, a contaminação dessas economias vai fazer Portugal sofrer mais do que os outros».
A inflação na Zona Euro situou-se nos 3,6 por cento em Março, superando os 3,3 por cento verificados em Fevereiro e os 3,5 por cento previstos na primeira estimativa do Gabinete de Estatísticas Europeu (Eurostat).
O valor de Março superou, também, em 0,1 pontos percentuais as previsões dos economistas contactados pela agência Bloomberg.