A esmagadora maioria dos portugueses confessa pouco ou nada saber sobre as comissões e serviços cobrados pela banca, segundo o barómetro TSF/DN/Marketest. Quanto às expectativas sobre o desempenho da economia, o pessimismo mantêm-se, com quase metade dos inquiridos a acreditar que a situação do país e das famílias vai estar pior daqui a um ano.
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A esmagadora maioria dos portugueses confessa pouco ou nada saber sobre as comissões e serviços cobrados pela banca, com apenas 18 por cento afirmando estar bem informado, segundo o barómetro TSF/DN/Marketest.
O barómetro avaliou ainda se os portugueses acreditam que o Governo conseguirá pôr a banca a pagar mais impostos, com os inquiridos a revelarem-se divididos. Os eleitores do PS são os que mais confiam no propósito do Governo.
Segundo a sondagem, 44,4 por cento dos inquiridos não acredita que a banca vá pagar mais IRC, enquanto 43,7 por cento admite que o Governo vai conseguir subir a taxa efectiva do Imposto sobre Pessoas Colectivas pago pelo sector financeiro.
Os mais cépticos são os que têm entre 35 e 54 anos, moram na Grande Lisboa e pertencem à classe alta/média alta.
Os únicos que se mostram confiantes na capacidade do Executivo para aumentar a cobrança efectiva de IRC na banca são os que votam no PS (62 por cento).
Quanto às comissões bancárias, 53 por cento dos inquiridos reconhece que tem pouca informação sobre o assunto, 27 por cento confessa que não sabe nada sobre o tema, 15 por cento afirma estar muito informado e apenas três por cento diz estar muitíssimo informado.
São as mulheres, com mais de 55 anos, que moram no Interior Norte e pertecencem à classe baixa/média baixa as que mais confessam nada saber sobre comissões bancárias.
Ainda assim, em todas as faixas etárias, regiões e classes sociais são sempre mais de metade ou perto disso os que dizem pouco saber sobre o tema.
Portugueses mantêm-se pessimistas
Quanto às expectativas sobre o desempenho da economia, os portugueses mantêm-se pessimistas, com 48 por cento dos inquiridos a acreditar que a situação, quer do país quer das famílias, vai estar pior daqui a um ano.
Se em relação è economia nacional a percentagem de pessimistas mantém-se face ao mês de Outubro, no que respeita às contas domésticas o número de pessimistas caiu quatro por cento.
Entre os que mais receiam o agravamento estão as mulheres, os que moram no Sul e no Litoral Centro, têm mais de 35 anos, votam no PSD e pertencem à classe baixa/média baixa.
Os eleitores do PS continuam divididos, sendo que para 49 por cento, a economia nacional vai estar melhor daqui a um ano. Já em relação às finanças familiares, apenas 26 por cento prevê uma evolução favorável.
Ficha técnica
O barómetro foi realizado entre os dias 13 e 15 de Novembro, com o objectivo de avaliar as expectativas económicas, conhecimentos sobre comissões bancárias e IRC no sistema financeiro.
Foram feitas 808 entrevistas por telefone fixo, 421 a mulheres. Quanto à distribuição geográfica, foram realizadas 160 entrevistas na Grande Lisboa, 91 no Grande Porto, 157 no Litoral Norte, 129 no Litoral Centro, 182 no Interior Norte e 89 no Sul.
O erro da amostra é de 3,45 por cento.