Mais de um terço dos portugueses dizem não tomar acções preventivas relativamente à hipertensão, diz uma sondagem. O médico Espiga de Macedo lembra que a hipertensão não tem sintomas, mas quando surge é sempre bastante grave.
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Os portugueses estão bem informados sobre a hipertensão, mas um terço dos inquiridos por uma sondagem da Marktest encomendada pelo laboratório I-Med diz nada fazer para prevenir o problema.
Entrevistado pela TSF, o médico Espiga de Macedo a hipertensão não tem sintomas, só se revelando quando tem bastante gravidade e assume a forma de acidente cerebral, de enfarte de miocárdio ou de lesão renal.
«Como não há sintomas e não dói, as pessoas não dão importância», acrescenta este clínico, que recorda que em alguns casos, a medicação é mesmo suspensa a meio pelo próprio paciente porque são caros ou porque têm efeitos colaterais.
«Outras vezes o doente não sente nada de especial e pergunta porque há-de continuar a tomar a pastilha se não sente nada com isso. Há um laxismo em relação aos nossos cuidados», explicou.
O médico refere que, em determinados casos, as consequências da hipertensão são tão graves que o mal menor é morrer, «porque o mal é a pessoa ficar paralisada de uma perna ou de um braço e uma perna ou com dificuldade em falar».
Para evitar estes males, Espiga de Macedo aconselha a que se façam exames de rotina uma vez por ano exactamente como aqueles que possuem um carro colocam a sua viatura numa oficina para fazer a revisão.
Segundo as estatísticas, Portugal ocupa um dos primeiros lugares do mundo no "ranking" dos países com mais mortes devido a acidentes vasculares cerebrais (AVC) e que esta doença continua a ser a primeira causa de morte no nosso país.