Pacheco Pereira considerou, esta sexta-feira, que o prazo de um mês dado para a realização de eleições directas antecipadas é «um golpe puro» e impede a discussão interna. O comentador acusou ainda Menezes de querer «espatifar para ficar agarrado ao caco maior».
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José Pacheco Pereira considerou, esta sexta-feira, no seu blogue “Abrupto”, que o prazo de um mês dado pelo líder do PSD para a realização de eleições directas antecipadas é «um golpe puro» e impede a discussão interna.
«O prazo para as directas é um golpe puro, destina-se a que não haja discussão nenhuma, e que não haja possibilidade de organização alternativa capaz», afirmou o ex-líder parlamentar do PSD.
O comentador político considerou ainda que Menezes «está a fazer mais uma rábula para regressar com um projecto inquisitorial», adiantando que «só há duas lógicas de candidatura possíveis» para se oporem a Menezes.
«Uma, de unidade do partido, uma personalidade que pela sua autoridade nacional, prestígio interno e externo, possa travar o caminho para o espatifar do partido, e ser credível face ao PS; outra, de ruptura, que esteja disposta a correr todos os riscos, inclusive o de perder, para dar uma volta na situação interna do PSD», defendeu.
«A lógica de Menezes é espatifar para ficar agarrado ao caco maior, a que vai chamar PSD», concluiu.