Um dos irmãos de José Faria, testemunha-chave no julgamento de Avelino Ferreira Torres, recusou esta quarta-feira a oferta do ex-autarca para pagamento da viagem de regresso do irmão a Portugal e diz que pediu ao Ministério Público que pague o regresso e que garanta protecção policial.
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Em declarações aos jornalistas, Joaquim Faria disse que prefere «fazer um peditório público do que aceitar a esmola de Ferreira Torres».
Joaquim Faria esclareceu que já entregou no Ministério Público um requerimento pedindo que as autoridades portuguesas custeiem o seu regresso a Portugal e «garantam protecção policial».
Caso esta viagem não seja paga, Joaquim Faria sustenta que a própria família suportará o encargo.
Ainda em relação à segurança do irmão, Joaquim Faria manifestou-se convicto de que «neste momento ele corre mais riscos no Brasil do que em Portugal».
Joaquim Faria reiterou a história do alegado encontro de seu irmão com Ferreira Torres, em Águas Santas, e da sua ida para o Brasil, de acordo com relatos já divulgados, ainda que não fosse peremptório a imputar todos os factos ao ex-autarca de Marco de Canaveses.
Revelou também que falou terça-feira à noite com o seu irmão, mas que continua sem perceber alguns contornos deste caso. «Isto é tudo muito estranho», considerou.
Segundo Joaquim Faria, o seu irmão já teria sido confrontado, há cerca de um ano, com uma proposta para ir para o Brasil. «Dessa vez não se concretizou», disse.