O Prémio Príncipe de Astúrias das Letras 2006 foi atribuído a Paul Auster, considerado um dos escritores norte-americanos mais reconhecidos e admirados universalmente.
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Considerado um dos escritores norte-americanos mais relevantes da sua geração, Paul Auster criou um universo literário onde a realidade e fantasia invadem os espaços quotidianos do Homem.
Novelista, poeta e guionista, Paul Auster nasceu em Newark (Nova Jersey, Estados Unidos) em 1947.
Depois de completar os estudos na Universidade de Columbia, onde se licenciou em Literatura Inglesa e Comparada, viveu três anos em França (1971-1974), onde exerceu os mais diversos ofícios, fez traduções de Mallarme, Sartre e Simeon, entre outros, e escreveu poesia e obras teatrais de um acto.
Durante esse período passou algumas dificuldades económicas, regressando aos Estados Unidos.
Já em Nova Iorque, Auster dedicou-se à tradução e começou a publicar críticas, poesias e ensaios em revistas como a New York Review of Books e Harper's Saturday Review.
Começou a ser conhecido como escritor com a publicação de "Inventar a Solidão" (1982), obra autobiográfica e, sobretudo, com a "Trilogia de Nova Iorque (1985-1986), Paul Auster trabalhou também como guionista em 1993.
Este foi o quinto dos oito Prémios Príncipe de Astúrias concedidos este ano.
Ao Prémio Príncipe das Astúrias de Letras concorreram 27 candidaturas, entre as quais as do português António Lobo Antunes e do angolano Luandino Vieira.
Entre os candidatos estava também o norte-americano Philip Roth, o israelita Amos Oz, o novelista turco Orhan Pamuk, o holandês Cees Nooteboom, a escritora e activista indiana Arundhati Roy, o crítico literário alemão Marcel Reich-Ranicki, o poeta e ensaísta sirio-libanês Adonis e o poeta dinamarquês Henrik Nordbrandt.
O Prémio Príncipe de Astúrias de Letras de 2005 foi atribuído a Nelida Pinon, e em edições anteriores a Mario Vargas Llosa, Miguel Delibes, José Angel Valente, Gunter Grass, Doris Lessing e Cláudio Magris, entre outros autores.