O presidente chinês apelou ao redobrar dos esforços nas operações de salvamento das vítimas do sismo de segunda-feira na China. Entretanto, foi lançado um inquérito para apurar as razões que estão por detrás do desabamento de tantas escolas.
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O presidente chinês pediu aos socorristas envolvidos nas operações de auxílio às vítimas do forte sismo de segunda-feira na China para que redobrem os seus esforços naquela que é a «fase mais crucial» deste salvamento.
Em Mianyang, uma das cidades de Sichuan mais atingidas pelo abalo, Hu Jintao explicou que era necessário «correr contra o relógio e ultrapassar todas as dificuldades para assegurar a vitória final nas operações de socorro».
Nesta cidade onde morreram cerca de oito pessoas por causa deste abalo, o presidente chinês disse ainda que, mesmo que o salvamento de vidas continue a ser importante, é necessário também tratar dos feridos e reconstruir as infra-estruturas.
Antes, o primeiro-ministro chinês, que tem estado nas províncias mais atingidas por este sismo desde segunda-feira, tinha afirmado que este abalo era o «mais destrutivo» desde a criação da República da China, em 1949.
«Estamos ainda num período crítico em que podemos salvar vidas e não abandonaremos enquanto haja a esperança mais ínfima de encontrar sobreviventes», acrescentou Wen Jiabao.
Estas declarações surgiram poucas horas depois de uma criança ter sido retirada dos escombros de um colégio em Beichuan, na província de Sichuan, onde esteve durante 80 horas, anunciou a agência Nova China.
Na quinta-feira, uma outra aluna de 11 anos tinha sido retirada das ruínas da escola de Yingxiu, perto do local do epicentro do sismo de segunda-feira, onde esteve durante 68 horas.
Segundo as estimativas publicadas pela Nova China, 6898 estabelecimentos escolares foram destruídos pelo sismo de 7,8 na escala de Richter de segunda-feira, que arrasou com cerca de 216 mil edifícios na província de Sichuan.
O elevado número de estabelecimentos escolares destruído levou mesmo o governo chinês a ordenar um inquérito para apurar as razões que estiveram por detrás desta questão.
«Se apurarmos que houve problemas ligados à construção de estabelecimentos escolares, vamos tratar dos responsáveis sem qualquer tolerância», afirmou o ministro chinês da Educação, Han Jin, citado pela Nova China.
Segundo estimativas recolhidas na segunda-feira, pelo menos 2100 crianças estão debaixo de escombros de escolas em várias das localidades mais afectadas pelo sismo de segunda-feira.
Segundo as autoridades chinesas, este abalo terá provocado a morte de cerca de 50 mil pessoas, muitas delas que acabaram soterradas pelos escombros de vários edifícios que desabaram.