O presidente da Câmara de Abrantes, Nelson de Carvalho (PS), contestou esta segunda-feira o traçado do comboio de alta velocidade (TGV), acordado entre os governos português e espanhol, considerando-o lesivo dos interesses do país.
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O autarca manifestou, em conferência de imprensa, a sua «total discordância» com o que considerou ser uma «capitulação» do Governo português perante os interesses espanhóis.
Para Nelson de Carvalho (na foto), a primeira opção deveria ser a ligação entre as duas áreas mais importantes do país, Lisboa e Porto, mas «o primeiro-ministro definiu como grande prioridade a ligação do Porto a Vigo», que no entender do autarca, apenas visa melhorar a rentabilidade da linha Vigo/Madrid.
Nelson de Carvalho lamentou também que se tenha privilegiado a ligação de Lisboa a Madrid via Badajoz, na sua óptica «muito mais frágil do ponto de vista do país» que a opção pelo T deitado, que ligaria o eixo entre as duas maiores cidades portuguesas a Cáceres (Espanha) a partir do Entroncamento.
Preferindo claramente esta alternativa, o autarca afirmou que ela se faria a partir da principal ligação nacional, Lisboa/Porto, valorizando o futuro aeroporto internacional da OTa, a nordeste da capital e no eixo entre as duas cidades.
Nelson de Carvalho, «criticou» também o Governo pelo facto de ter «desistido» de construir o novo aeroporto na OTa, preferindo optar por fazer a obra na zona de Rio Frio, a Sul do Rio Tejo.
«Esta opção consagra claramente a liquidação do aeroporto internacional da OTa uma opção camuflada, de certo modo, pela localização do aeroporto em Rio Frio, a Sul do Tejo», frisou.
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