O BCE alertou, esta quinta-feira, que a crise financeira internacional pode durar mais do que o previsto e que as pressões inflacionistas na zona euro continuam elevadas. A instituição sugeriu ainda que não deve baixar as taxas de juro nos próximos meses.
Corpo do artigo
O Banco Central Europeu (BCE) alertou, esta quinta-feira, que a crise financeira internacional pode durar mais do que o previsto e ter um impacto mais profundo na economia real do que o inicialmente esperado.
No seu boletim mensal, o BCE disse que as pressões inflacionistas na zona euro continuam elevadas, sugerindo que não deve baixar as taxas de juro nos próximos meses.
O BCE lembrou que o objectivo central da sua política é manter a estabilidade dos preços a médio prazo, numa altura em que se confirma uma forte pressão inflacionista no curto prazo.
A taxa de inflação da zona euro aumentou em Março para os 3,6 por cento, o valor mais elevados dos últimos 16 anos e muito acima do limite de 2,0 por cento tolerado pelo Banco Central Europeu.
Este boletim estima que nos próximos meses a inflação se mantenha muito acima dos 2,0 por cento e lembra que a zona euro observa actualmente um período bastante prolongado de inflação elevada.
Sem referir as taxas de juro, a instituição deixa entender que não irá descer a taxa, podendo ainda preparar-se para um novo aumento.
A instituição disse ainda que está fortemente empenhada em combater os efeitos de segunda ordem provocados pela inflação e apela à responsabilidade de todos os agentes para que se contenham na fixação dos salários e dos preços.
No início da semana, no Boletim de Primavera, o Banco de Portugal também disse que a crise financeira que actualmente afecta os mercados e a economia mundial vai ter um impacto maior do que o esperado.