A administração dos CTT tem a partir de hoje um modelo de gestão por objectivos, o que acontece pela primeira vez numa empresa tutelada pelo Estado. Em primeiro plano vai ficar agora «uma cultura de mérito e de avaliação» de desempenho.
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O secretário de Estado-adjunto das Obras Públicas considera que a gestão por objectivos vai trazer mais rigor, eficiência e transparência às empresas do Estado.
Paulo Campos promete relatórios trimestrais e anuais. Estes documentos vão ser tornados públicos para que todos possam avaliar o desempenho dos gestores.
«A principal penalização que advém deste princípio é a evidência, a ser observada por todos os portugueses, de que há gestores que cumprem bem e outros que falham», afirmou.
O secretário de Estado garante que quem não cumprir os objectivos será penalizado e que serão elaborados «rankings» que vão servir mais tarde para nomeações. O desempenho dos gestores vai ser avaliado por consultoras independentes.
A administração dos CTT, liderada por Luís Nazaré, estreia o novo modelo nas empresas públicas. O gestor garante que já está habituado às exigências da profissão e que a «pressão», sem descuidar o rigor e dinamismo, faz parte da profissão.
Entre os objectivos fixados para a administração dos CTT estão lucros de 17 milhões de euros para este ano e um aumento das receitas igual ou superior a 56 milhões de euros.
Até ao final do ano vai ser feita uma auditoria à marca, ao clima e à cultura dos CTT, assim como ao cumprimento do Plano Estratégico que será apresentado no próximo mês.
A escala de avaliação vai de 1 a 5. O mínimo exigido à administração é que chegue a um 4 nos diferentes indicadores em análise.