O presidente do consórcio Eólicas de Portugal diz que este «é provavelmente o projecto industrial mais importante da década». O Governo assinou, esta terça-feira, em Viana do Castelo, o contrato para a instalação de 1.200 megawatts (MW) de potência eólica.
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O ministro da Economia, Manuel Pinho, vai lançar a primeira pedra das fábricas de aerogeradores. Um momento destacado por Aníbal Fernandes. O presidente do consórcio realça a importância deste investimento para o país e para a região de Viana do Castelo.
«É provavelmente o projecto industrial mais importante desta década para o país e para a região pelos efeitos estruturantes que vai ter na economia, mas também na sociedade em geral», afirma.
O responsável considera, ainda, que uma iniciativa desta dimensão pode contribuir para diminuir as assimetrias regionais.
«Este projecto não se vê apenas pelos números que produz em termos de emprego, investimento estrangeiro e de capacidade de exportação, mas também porque contribui para a resolução das assimetrias regionais, criando riqueza e emprego nas regiões mais desfavorecidas do país», acrescenta.
Numa altura em que o Governo aposta nas energias renováveis, Aníbal Fernandes adianta que é preciso acabar com o mito de que os consumidores vão ser prejudicados.
«Os números muitas vezes indicados como um sobrecusto das energias renováveis para o bolso dos consumidores são uma falácia, porque o que se poupa na importação de combustíveis fósseis e no pagamento das taxas de CO2, torna as energias alternativas, nomeadamente a eólica, muito atractivas e não penalizadoras», defende.
O investimento de mais 1600 milhões de euros, que hoje arranca em Viana do Castelo, vai criar 1800 postos de trabalho directos.