Há pela primeira vez um estudo que mostra a relação directa entre alguns tipos de tumores e as radiações dos telemóveis. As conclusões são de um médico norte-americano e foram apresentadas hoje, em Lisboa, durante um seminário internacional.
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Há pela primeira vez um estudo que mostra a relação directa entre alguns tipos de tumores e as radiações dos telemóveis. As conclusões sobre o assunto são de um médico norte-americano e foram apresentadas esta manhã num seminário internacional subordinado ao tema «Telemóveis, radiações e pesquisas», que hoje começa em Lisboa.
«Temos provas definitivas de que a exposição às radiações das antenas dos telemóveis causam distúrbios genéticos no sangue», adiantou George Carlo, professor de medicina na Universidade de Washington.
Outra conclusão «é que entre as pessoas que usam telemóveis há um aumento estatístico do risco de tumores cerebrais», acrescentou.
«Também detectámos um aumento muito grande do risco de tumores no nervo acústico. Aquilo que agora temos são provas de uma relação directa entre as antenas dos telemóveis e o aumento do risco destas doenças», referiu.
O investigador diz ainda que, os riscos para o paciente não dependem do tempo que se passa ao telefone mas do local onde a chamada é feita.
George Carlo afirma que quanto mais longe o aparelho estiver da central mais fortes são as radiações: «Se estiver afastado da central que emite as radiações, a antena tem de fazer maios esforço para conseguir a ligação, por isso a radiação é mais potente», explicou à TSF.
O investigador afirma que não é a favor da abolição dos telemóveis, pois há soluções para evitar danos para a saúde.
«Primeiro é preciso que as pessoas percebam que têm de afastar a antena do corpo mais de quatro ou cinco dedos, ou então têm de ter os telefones colocados de forma a que as radiações não penetrem no corpo ou na cabeça», conclui o professor que estuda há sete anos o impacto que as radiações têm nas antenas dos telemóveis.